México 2×1 Brasil – Seleção comete falhas defensivas e deixa o ouro olímpico escapar pela terceira vez

Não foi desta vez que a Seleção Brasileira conquistou a sua primeira medalha de ouro no torneio de futebol masculino dos Jogos Olímpicos. Jogando diante de um grande público no mítico estádio de Wembley, a Amarelinha esbarrou nas próprias falhas defensivas e na eficiência dos algozes mexicanos para deixar a sonhada medalha escapar mais uma […]
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sambafoot_admin
2012-08-11 16:02:00

Não foi desta vez que a Seleção Brasileira conquistou a sua primeira medalha de ouro no torneio de futebol masculino dos Jogos Olímpicos. Jogando diante de um grande público no mítico estádio de Wembley, a Amarelinha esbarrou nas próprias falhas defensivas e na eficiência dos algozes mexicanos para deixar a sonhada medalha escapar mais uma vez. Foi a terceira derrota em finais olímpicas, após os ocorridos em Los Angeles-1984 e Seul-1988.

O jogo: gol-relâmpago desestabiliza Seleção

O início da partida já seria um mau presságio do que viria a acontecer posteriormente. Logo aos 30 segundos, um lançamento longo do goleiro mexicano José Corona ficou com o lateral direito brasileiro Rafael. Pressionado, o camisa 2 errou uma tentativa de passe para Rômulo e deixou o centroavante Oribe Peralta em excelentes condições. O camisa 9 não perdoou: finalização forte no canto e 1 a 0 para o México em Londres.

O gol mais rápido da história dos Jogos Olímpicos desestabilizou a Seleção Brasileira, que demorou cerca de 20 minutos até conseguir organizar outra jogada de ataque produtiva. O primeiro tempo, no entanto, chegou ao fim com uma subida de produção considerável do Brasil, já com a entrada de Hulk no lugar do péssimo Alex Sandro.

Quem não faz, leva

Na segunda etapa, o panorama da partida era inteiramente diferente da primeira. Mais tranquila e bem organizada ofensivamente, a Seleção articulava ótimos ataques, mas apresentava muita dificuldade para finalizar com qualidade no gol defendido por Corona.

O México mostrou que estava vivo na marca dos 18, quando acertou uma bela bola no travessão com o meia Marco Fabián, e novamente aos 26, quando o próprio camisa 8 cabeceou para fora outra grande oportunidade.

Era o presságio do que aconteceria apenas 3 minutos depois: aos 29, Fabián cobrou falta pela esquerda e encontrou Peralta mais uma vez absolutamente livre na grande área brasileira, para marcar o segundo gol do México e complicar de vez a situação da Seleção.

Os minutos finais, como não poderia deixar de ser, foram marcados pelo “abafa” do Brasil, que buscava dois gols improváveis usando muito mais a força de vontade do que verdadeiramente a qualidade técnica. Ainda haveria tempo para Hulk, o melhor da Amarelinha, diminuir em um contra-ataque aos 45, mas ficou por isso mesmo: 2 a 1 para o México e nova frustração entre os pentacampeões mundiais.

O México, por sua vez, comemora o primeiro ouro olímpico no futebol masculino em sua história. De quebra, El Tri confirmou a fama de carrasco brasileiro em decisões. Foram cinco vitórias em seis finais, além de um título dividido por falta de energia elétrica nos Jogos Pan-Americanos de 1975.

FICHA TÉCNICA:

MÉXICO 2 X 1 BRASIL

Local: Estádio de Wembley, Londres (Inglaterra)

Data e hora: 11 de agosto de 2012, 11h (horário de Brasília)

Árbitro: Mark Clattenburg (Inglaterra)

Auxiliares: Stephen Child (Inglaterra) e Simon Back (Inglaterra)

Gols: Oribe Peralta, 1’/1ºT (1-0); Oribe Peralta, 29’/2ºT (2-0); Hulk, 45’/2ºT (2-1)

Cartões amarelos: Marcelo e Leandro Damião (Brasil); Diego Reyes, Israel Jiménez e Néstor Vidrio (México)

Cartão vermelho: Não houve

BRASIL (4-2-3-1): Gabriel; Rafael (Lucas, 39’/2ºT), Thiago Silva (capitão), Juan e Marcelo; Rômulo e Sandro (Alexandre Pato, 25’/2ºT); Oscar, Neymar e Alex Sandro (Hulk, 31’/1ºT); Leandro Damião. Técnico: Mano Menezes.

MÉXICO (4-2-3-1): José Corona (capitão); Israel Jiménez (Néstor Vidrio, 35’/2ºT), Hiram Mier, Diego Reyes e Dárvin Chávez; Jorge Enríquez e Carlos Salcido; Héctor Herrera, Marco Fabián e Javier Aquino (Miguel Ponce, 11’/2ºT); Oribe Peralta (Raúl Jiménez, 40’/2ºT). Técnico: Luis Fernando Tena.